10/04/2015 | 15h39 - Publicado por: Assessoria CRO-PI
Projeto de saúde bucal para gestantes e bebês completa 18 anos com 13.800 atendimentos
O Programa Preventivo para Gestantes e Bebês (PPGB), busca apresentar aos acadêmicos e à comunidade odontológica, um modelo simplificado de atendimento educativo/preventivo

Apesar de o Brasil integrar o grupo de países com baixa prevalência de cárie – os brasileiros têm em média 2,1 cáries durante a vida, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde – ainda há pouca atenção à higiene bucal dos bebês e crianças. De acordo com o levantamento, cerca de 80% das crianças que apresentam problemas nesta dentição não recebem tratamento. Esta atitude, segundo especialistas, merece atenção: a saúde dos primeiros dentes tem influência direta sobre os permanentes.

 

No Piauí, um projeto tem desafiado os índices nacionais e já atendeu 13.800 crianças. O Programa Preventivo para Gestantes e Bebês (PPGB), busca apresentar aos acadêmicos e à comunidade odontológica, um modelo simplificado de atendimento educativo/preventivo, sem aparelhagem sofisticada, porém com o rigor científico e acadêmico, comprovando que é possível a execução de atendimento odontológico às camadas sociais menos favorecidas, principalmente de mães e bebês.

 

Em 27 abril de 1997, um grupo de professoras do curso de Odontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) implantou o PPGB, projeto de extensão universitária, cujas metas estão centradas na recuperação e manutenção da saúde bucal de gestantes e crianças na faixa etária de zero a 36 meses. As ações do programa são desenvolvidas no Instituto de Perinatologia Social do Piauí (IPSP) por alunos do curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob a supervisão e orientação de professoras do curso e colaboração de alunos do Programa de Mestrado em Odontologia.

 

“O projeto é acima de tudo educativo, pois a partir as orientações fornecidas às mães conseguimos mudar a realidade por meio dos novos hábitos e assegurando a saúde bucal das crianças”, afirmou a coordenadora do PPGB, Lúcia de Deus Moura. De acordo com a cirurgiã-dentista, o espaço físico do IPSP, onde são desenvolvidas as práticas do PPGB, é favorável ao exercício da interdisplinaridade em saúde, já que se tratar de um ambulatório em que atuam profissionais de diversas áreas das ciências da saúde e cujas equipes trabalham em torno da saúde de gestantes e crianças.

 

Desde sua implantação, em torno de 500 estagiários já participaram do PPGB. É o caso da atual presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO), Roberta Atta. De acordo com ela, o diferencial das ações do PPGB é o atendimento humanizado. “Ganha tanto o paciente que tem um atendimento completo, pensado nele e o acadêmico, já que o projeto cria condições de um trabalho humanizado e com eficiência. São atendidas pessoas que, muitas vezes, não tem noção de higiene bucal e passam a tê-la de forma humanizada. O PPGB proporciona que o bebê desde a barriga da mãe possa ter uma saúde bucal assegurada”, comentou.

 

Os alunos estagiários do PPGB são motivados para orientações sobre o processo saúde/doença, enfatizando a importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida, o desestímulo a hábitos deletérios à saúde bucal, como aqueles relacionados à sucção não nutritiva ou nutritiva noturna, após a presença de dentes. Além destas iniciativas, cabe aos alunos atribuir às mães um olhar especial voltado para a cavidade bucal dos bebês, compreendida como entidade anatômica que requer cuidados, conhecimentos e atenção.

 

A cirurgiã-dentista Heloísa Clara, integrante do PPGB, explica que o projeto é antes de tudo um serviço social junto aos pacientes. “Atendemos cada criança, a partir dos conhecimentos adquiridos na Universidade, levando um serviço essencial para a comunidade que é o de saúde bucal. Orientar as gestantes e ajudar na saúde dos bebês nos dar a certeza que estamos colaborando muito para a qualidade de vida dessas pessoas que, em muitos casos, não possuem acesso aos serviços odontológicos”, afirmou.

 

As ações desenvolvidas no PPGB ocorrem em três momentos distintos: palestras educativas às gestantes; atendimento clínico preventivo de bebês, na faixa etária de 0 a 36 meses e palestras educativas para puérperas no “Banco de Leite” do IPSP. As palestras educativas, os atendimentos clínicos de bebês e as orientações às puérperas são realizados por estagiários do curso de Odontologia da UFPI.  “Para que o atendimento odontológico materno-infantil se consolide como um modelo de serviço, é essencial que a população e os próprios profissionais acreditem na sua essência educativa/preventiva, que tem por objetivo o desenvolvimento de gerações saudáveis”, finalizou a coordenadora do PPGB, Lúcia de Deus Moura.

 

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