Representantes do Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO/PI) e do Sindicato dos Odontologistas do Piauí (SOEPI) participaram de audiência promovida pelo Ministério Público do Piauí com o intuito de apurar e tomar providências em relação à insegurança que atinge profissionais e pacientes da rede pública de saúde.
O promotor de Justiça da 29ª Promotoria de Justiça da capital, especializada na Defesa da Saúde Pública, Eny Pontes, destacou que a 29ª Promotoria de Justiça tem por missão acompanhar a gestão pública de saúde de Teresina, que envolve toda a gestão SUS instaurada na capital. “É com essa missão que nós achamos por bem trazer à tona essa discussão porque profissionais de saúde e toda a população são vítimas. A população deixa de frequentar as unidades de saúde em razão da insegurança instaurada e deixa de ser assistida. E esta é a preocupação da promotoria, a efetiva prestação de serviços públicos de saúde”, aponta.
O presidente do SOEPI, Sérgio Pires, destacou que 62 postos foram assaltados somente este ano. Ele destacou que a Fundação Municipal de Saúde se prontificou em melhorar a segurança durante reunião realizada há cerca de 15 dias, onde concordou-se com a possibilidade de contratar os policiais militares durante os dias de folga para reforçar o policiamento nas unidades básicas de saúde, além da instalação de câmeras de segurança e botão do pânico. “O Sindicato cobra das autoridades públicas do Município de Teresina e do Estado do Piauí, que garantam a segurança necessária para que os trabalhadores possam continuar a atuar nestas repartições públicas, porém, com todas as condições necessárias”, afirma.
Representando o CRO/PI, César Gustavo Martins, explica que a audiência foi extremamente positiva. “Diante das reclamações, foram solicitadas à Polícia Militar, Guarda Municipal e Fundação Municipal de Teresina a realização de determinadas ações em conjunto, como os estudos de diagnóstico para melhorar as rondas e que sejam delimitadas as competências de cada órgão a fim de sanar estas dificuldades encontradas hoje na segurança pública de nossa cidade”, pontua.
O representante da Fundação Municipal de Saúde, Nonato Moura, alegou que o órgão vem tomando as medidas necessárias desde o final do mês de agosto. “Estamos abertos à discussões e as sugestões feitas na última reunião estão sendo providenciadas”, conta. O promotor de justiça, Eny Pontes, cobrou da FMS documentos que comprovam as medidas já realizadas.
Dentre outros encaminhamentos, foi sugerido um planejamento das rondas realizadas pela Guarda Municipal e Polícia Militar para que haja um revezamento, bem como a criação de um grupo com representantes das unidades de saúde, Polícia Militar, Guarda Municipal e Polícia Civil para viabilizar uma comunicação mais eficaz.
Também estiveram presentes na reunião representantes da Política Militar do Piauí, Guarda Municipal e de entidades como o Sindicato dos Médicos do Piauí, Sindicato dos Enfermeiros, Conselho Regional de Medicina, bem como funcionários e profissionais de saúde de unidades e postos de saúde de Teresina.
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