Uma sala de esterilização repleta de mofo e infiltrações. Este foi o cenário encontrado pelos fiscais do Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO/PI) ao visitarem o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) na cidade de José de Freitas, ao norte do Estado.

“É um verdadeiro absurdo. Este é um ambiente que deveria ser limpo para poder oferecer segurança aos pacientes que procuram os serviços odontológicos do Centro”, disse o odontólogo Gerson Bezerra, fiscal do CRO/PI.

Segundo o odontólogo, foram encontrados materiais para uso de desinfeção de instrumentos ao lado do mofo e cupim. Todos os pontos observados pelos ficais do CRO/PI dizem respeito à biossegurança nos consultórios, ponto chave que pode prevenir doenças graves nos pacientes e profissionais. “O consultório odontológico é um ambiente altamente contaminado seja por bactérias vindas da boca do paciente, pelas mãos dos cirurgiões dentistas e assistentes. É uma atividade que expõe os pacientes, a equipe, o próprio cirurgião dentista e, indiretamente, seus familiares, às mais diversas doenças infecciosas. E quando há falhas, todos os envolvidos estão à mercê de infecções cruzadas”, explicou Gerson Bezerra.

As operações de fiscalizações do Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO/PI) nos municípios do interior estão intensificadas. Depois de fechar 7 consultórios odontológicos municipais em Altos e Miguel Alves, o Conselho fechou também mais um posto de saúde na cidade de Demerval Lobão. “O Conselho se preocupa com a saúde dos profissionais e dos pacientes. Por isso buscamos sempre garantir instalações seguras para ambos”, destacou a presidente do CRO/PI, Roberta Atta.

Os consultórios suspensos terão um prazo estipulado pelo Conselho Regional de Odontologia para se adequar as regras de biossegurança e uma nova fiscalização será realizada pelo CRO/PI para que os mesmos sejam liberados.